dinos

A ARTE DE RECRIAR OS DINOS

IDs:  1297850 foto do Márcio 

1241035 Dynamosuchus collisensis encontrado em Agudo foi recriado por Márcio. O paleoartista adotou como base informações de crocodilos e jacarés atuais, que possuem algumas semelhanças com o fóssil. Além das características físicas, ele tentou recriar o habitat


Você já imaginou como era a vida há mais de 200 milhões de anos? Quais animais habitavam a Terra e como eles eram fisicamente? O trabalho dos paleoartistas é justamente reconstruir imagens de animais extintos, como os dinossauros, e aguçar o imaginário do público. Uma tarefa nada fácil, . uma vez que inexistem testemunhos de como eram, de fato, esses animais

Ilustrador há 21 anos, Márcio Castro, 45, é parceiro do Cappa desde 2015 e trabalhou na reconstrução artística das últimas descobertas dos pesquisadores do Centro. O interesse dele pelos dinossauros vem desde criança.

- Sempre gostei de desenhar e sempre gostei de dinossauros. Trabalho há muito tempo com ilustração de livros infantis e já tinha feito vários desenhos de dinos para as crianças. Um certo dia, o pessoal do Cappa viu o meu trabalho e fez contato para encomendar uma arte. Desde então, viramos parceiros. Só que agora as minhas criações são feitas com um rigor científico, mas sem perder a criatividade - afirma o ilustrador, que vive em Belo Horizonte e mantém contato com o centro de pesquisas pela internet.

Castro recebe as informações "cruas" dos pesquisadores, com fotos dos fósseis encontrados, dados de tamanho, característica da pele, hábitos alimentares, ambiente em que viveu... Tudo isso ajuda a recriar o animal com maior riqueza de detalhes. E não é só o animal em si que é retratado artisticamente, há preocupação em reconstruir todo o habitat, com as plantas existentes na época:

- Primeiro de tudo eu crio um esboço e depois transformo em uma figura estática. No final, a gente pensa até em deixar o dinossauro em uma pose interessante. Se ele é uma presa, damos um aspecto um pouco mais arisco. Se é predador, algo mais ameaçador. Não faço animações, mas mesmo com uma foto podemos exercitar o imaginário, sempre com fidelidade àquilo que a pesquisa relata - conta o paleoartista. 


NOVIDADES PARA EXPLORAR O POTENCIAL TURÍSTICO

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Uma nova rota de cicloturismo deve começar a funcionar em 2021 na região central do Rio Grande do Sul. O trajeto, chamado de Circuito Vale dos Dinossauros, abrange sete municípios em quase 320 quilômetros. O objetivo é explorar o potencial turístico paleontológico na região. 

A rota principal inclui Candelária, Cerro Branco, Agudo, Restinga Sêca, São João do Polêsine, Dona Francisca e Ibarama, mas há possibilidade de novos municípios serem adicionados. O caminho passará por cidades vizinhas como Silveira Martins e Nova Palma. Entre os locais turísticos já confirmados, estão o Recanto Maestro, o distrito Vale Vêneto e o porto em Dona Francisca junto ao rio Jacuí. O trajeto do cicloturismo ainda inclui passagens pelos sítios paleontológicos da área e ao Cappa.

- Entendemos que o turismo precisa ser explorado na região. A questão dos fósseis é uma singularidade daqui. Nenhum outro lugar tem essa riqueza que temos. Com o turismo, além de divulgar as belezas e áreas históricas, fomentamos a economia local - afirma Valserina Gassen, secretária-executiva do O Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (Condesus). 

A ideia é que o trajeto seja percorrido em sete dias por ciclistas oriundos de todo o país e do Mercosul, em trechos de 30 a 60 quilômetros diários. A iniciativa da União dos Municípios do Circuito Paleontológico (UMCP), fundada no mês de agosto, pretende valorizar a cultura e o meio ambiente locais, além do desenvolvimento econômico por conta da movimentação em restaurantes, bares, lancherias, hotéis, pousadas e lojas de bicicletas. 

Hoje, ainda faltam detalhes como o mapeamento da rota, os locais disponíveis para a hospedagem dos viajantes, assim como os locais de referência para alimentação e outros serviços. Tudo deve ser verificado até a abertura da rota. O trajeto já está confirmado, restando apenas um mapeamento das estradas para que não ocorra imprevistos e nem que os ciclistas passem por dificuldades no percurso.

Ao contrário dos eventos que a região recebe, que são periódicos, a rota estará disponível o ano inteiro. O viajante planeja a visita e faz o circuito autoguiado através das placas ou com ajuda de GPS e aplicativos para o trajeto. 

Além disso, para alavancar o turismo paleotológico na região, há um projeto para construção de um novo museu para o Cappa. O projeto já foi entregue ao Ministério do Turismo e a expectativa do Condesus é que seja aprovado em 2021. São esperados investimentos em torno de R$ 3,5 milhões. O meu deve ser construído em área ao lado da atual sede do Cappa. 


DINO NA ENTRADA DA CIDADE RECEPCIONA OS TURISTAS

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Conhecida como a "cidade de madeira que virou pedra", Mata é referência internacional como reserva de fósseis vegetais e de animais. A pequena cidade de 4,8 mil habitantes tem um acervo estimado em 2,5 mil itens de peças arqueológicas como utensílios domésticos e urnas funerárias com cerca de mil anos. Boa parte deste acervo está no Museu Municipal Padre Daniel Cargnin.

O religioso que dá nome ao museu foi pioneiro na valorização dos fósseis encontrados na região. Ele ganhou destaque entre paleontólogos, ao provar, nos anos 1980, que a cidade era uma imensa floresta de pedra.

O turismo paleontológico é tão importante para a cidade, que uma estátua de dinossouro foi colocada na entrada da cidade para recepcionar os visitantes. E o dino faz sucesso. Todo mundo para para tirar uma foto com o animal.

- Ele foi construído em 2013 e fica no limite com São Vicente do Sul. A estrutura passou por restauração em 2018, depois de ser estragado por um temporal - explica o scretário de Turismo de Mata,  Jeferson Saurin.

Há, ainda, o Jardim Paleobotânico, uma área de 3,6 hectares, descoberta em 1976 pelo padre. No local, há uma variedade de fósseis de madeira petrificada. O fenômeno é resultado de ações de 200 milhões de anos, quando a madeira ficou soterrada, coberta por água e terra, e a matéria orgânica dos vegetais foi trocada pelos minerais.



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